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quinta-feira, 18 de junho de 2015

Dicas de Leituras

História Geral da África 

         Publicada em oito volumes, a coleção História Geral da África está agora também disponível em português. A edição completa da coleção já foi publicada em árabe, inglês e francês; e sua versão condensada está editada em inglês, francês e em várias outras línguas, incluindo hausa, peul e swahili. Um dos projetos editoriais mais importantes da UNESCO nos últimos trinta anos, a coleção História Geral da África é um grande marco no processo de reconhecimento do patrimônio cultural da África, pois ela permite compreender o desenvolvimento histórico dos povos africanos e sua relação com outras civilizações a partir de uma visão panorâmica, diacrônica e objetiva, obtida de dentro do continente. A coleção foi produzida por mais de 350 especialistas das mais variadas áreas do conhecimento, sob a direção de um Comitê Científico Internacional formado por 39 intelectuais, dos quais dois terços eram africanos.

Os oito volumes, da coleção História Geral da África
Apartheid : o horror branco na África do Sul

       A legislação do apartheid usa a cor como critério legal de desigualdade entre os homens, reservando à minoria branca todo um conjunto de privilégios e fazendo dos negros (73% da população do país) verdadeiros estrangeiros em sua terra natal. Esse livro traz, sistematizados, dados e informações que permitirão uma análise crítica dessa forma institucionalizada do mais cruel racismo em nossos dias.
Autor: Francisco José Pereira
Capa do livro "Apartheid: o horror branco na África do Sul"

África e os africanos na formação do mundo atlântico, 1400-1800

         
         Este livro procura deslindar diversas posições contraditórias sobre a África. É correto ver a África em um estágio de desenvolvimento inferior do que a Europa, e este desequilíbrio como causa do comércio de escravos? Os africanos participaram do comércio no Atlântico como parceiros em condições iguais, ou eles foram vítimas do poder e da ambição da Europa? Os escravos africanos foram tão brutalizados na América a ponto de não poderem se expressar culturalmente e socialmente e, assim, em que grau seus antecedentes específicos foram importantes na formação da cultura afro-americana? Em geral, a conclusão da pesquisa na qual este livro baseou-se apoia a ideia de que os africanos foram participantes ativos no mundo atlântico, tanto no comércio africano (inclusive no comércio de escravos) quanto como escravos no Novo Mundo.
Autor:John Kelly Thornton
Capa do livro "A África e os Africanos: na formação do Mundo Atlântico 1400-1800"
 África : Terra, sociedades e conflitos 

         Nesse livro, os autores nos colocam em contato com a multiplicidade de povos e tradições antigas, uma infinidade de etnias e centenas de idiomas que caracterizam o fascínio da África. Ao longo da descrição dos conflitos étnicos e religiosos, somos informados sobre o processo da colonização e das lutas de emancipação, meio à disputa do subsolo, rico em ouro, diamante, petróleo, além de produtos estratégicos usados para fins bélicos. Dos 53 países, os autores analisam diversos deles, ora pela sua importância na economia do continente, ora pela pobreza, doenças, desastres naturais e tragédias das guerras civis. Conhecer as dificuldades enfrentadas, sobretudo gestadas a partir da herança colonial, pode ser um caminho para aguardar melhores dias para os povos africanos.
Autores: Nelson Bacic Olic e Beatriz Canepa
Capa do livro "África: Terra, sociedades e conflitos"

Ancestrais: uma Introdução à História da África Atlântica

         O livro tem como objetivo apresentar ao leitor uma história de nossos antepassados e de fazê-lo a partir de sua vida no continente de origem. Não para descobri-los como povos estanques, cujas culturas, tradições e identidades seriam imutáveis. Nem para percebê-los como um mosaico de comunidades fechadas, possuidoras de características que as fixariam no tempo, como se estivessem encantadas. Mas, sim, para entender que, na África, as etnias formaram realidades múltiplas, resultantes da mistura de várias tradições culturais em permanente recomposição. Do outro lado do Atlântico, como aqui, a cultura é mestiça e partilha com culturas vizinhas características comuns de língua, religião, modos de vida e uma parte da história. 
Autores: Mary del Priore e Renato Pinto Venâncio
Capa do livro " Ancestrais: uma introdução à África Atlântica

Breve história da África 

         Nesta obra Paulo Fagundes Visentini, Luis Dário Ribeiro e Analúcia Danilevicz Pereira, três professores e pesquisadores do Centro de Estudos Brasil - África do Sul, demonstram que, apesar das aparências, o continente africano se encontra em plena evolução, em um 'renascimento'.
Autores: Paulo Fagundes Visentini, Luis Dário Ribeiro e Analúcia Danilevicz Pereira

Capa do livro" Breve História da África"
África : um continente à procura de seu destino

Autor: Victor C. Ferkiss

Livro "África: um continente á procura de seu destino"

História da África Contemporânea

         A partir do século XV a aproximação das culturas africanas, europeias e asiáticas tornou-se inevitável. A chegada do navegador português Vasco da Gama às Índias em 1498, contornando o território africano, estabeleceu os primeiros passos para a sistematização do interesse dos europeus pela África e pela Ásia. Além de Vasco da Gama, Marco Polo e Ibn Battuta já haviam revelado o seu fascínio e estranhamento diante dos costumes e das características dos povos africanos e asiáticos.
         Há algumas décadas, uma vigorosa historiografia africana escrita por senegaleses, nigerianos, angolanos, egípcios e também ingleses, americanos e franceses, procura desfazer a “vitimização” associada ao colonialismo europeu imposto ao continente. Impossível conhecer profundamente o cenário atual africano sem analisar os efeitos da presença colonizadora até o século XIX.
          A África do século XXI é o resultado deste cenário - ainda com epidemias, fome, genocídios etc, mas com algumas boas perspectivas. A costa Atlântica tem apresentado países com crescimento contínuo, o norte islamizado rompeu com o autoritarismo de seus regimes políticos e o litoral do Índico tem ampliado sua integração com as crescentes economias asiáticas. A leitura de História da África Contemporânea é uma oportunidade de conhecer novas possibilidades para o mundo de um rico continente ainda cheio de desafios.
Autores: Mauricio Parada, Murilo Sebe Bon Meihy e Pablo de Oliveira de Mattos
Capa do livro "História da África Contemporânea"


BOA LEITURA!








Descolonização e Independência

           Movimento e mudanças políticas e administrativas pós-independência

            “O declínio da extinção formal do colonialismo europeu na África não tem uma data inaugural. A multiplicidade dos povos africanos impede que a trajetória de cada Estado nacional seja entendida como uma simples extensão da história europeia contemporânea. É evidente que fatores externos influenciam mudanças internas, mas é preciso considerar quais situações de grande ressonância internacional, como fim da Segunda Guerra Mundial e a consolidação da Guerra Fria são impostas e negociadas de maneira diversa em uma porção de terra com mais de 30 milhões de quilômetros quadrados e um conjunto de povos que supera a marca de 1.500 línguas faladas.”(MEIHY; MATTOS; PARADA, 2013, p.109)
            O fim do colonialismo europeu veio com o momento em que a geopolítica mundial se dividia entre aliados e opositores da influencia dos Estados Unidos e da União Soviética. Os modelos de Estado nacional moderno, de liberdade política e de planejamento econômico almejado pelos povos africanos durante o processo de descolonização do continente vinham de outras partes do mundo. A autonomia dos povos anunciada pelo presidente norte-americano Woodrow Wilson, a desobediência civil propagada por Gandhi, na Índia, e a revolução social promovida por Lênin, na União Soviética, foram importantes parâmetros para o desenvolvimento do processo de descolonização da África, mas não se pode negar que a luta anticolonial de Argel e a reconstrução da unidade nacional sul-africana com Nelson Mandela também influenciaram outras experiências em todo o mundo.
            A partir do momento que o “Terceiro Mundo” se transformou em palco do conflito entre capitalismo e comunismo. Por isso a África, na segunda metade do século XX, passou a integrar esse “Terceiro Mundo” tão diverso quanto a própria África como continente. “A Guerra Fria transformou as colônias europeias da África em uma área de revoluções, golpes de Estado e conflitos armados que fizeram da descolonização um mosaico muitas vezes formado de ouro e cadáveres.” (MEIHY; MATTOS; PARADA, 2013, p.110)  
       
As independências formais dos países africanos

(MEIHY; MATTOS; PARADA, 2013, p.110)

Os primeiros colonizadores chegaram ao território do Cabo Verde em 1652 (território pertencente à atual África do Sul). Esses colonizadores foram enviados pela Companhia Holandesa das Índias Orientas.
            Os colonizadores foram conhecidos como Bôeres ou Africâner. Estes tentaram criar uma republica independente em 1795. Entretanto, em 1815, a Grã Bretanha toma posse da colônia do Cabo, levando quase 12 mil Africâner a saírem desse território, estabelecendo-se em território ao norte e ao leste, estabelecendo as repúblicas Transvaal e o Estado Livre de Orange.
            Devido á descoberta de diamantes nessas republicas, o primeiro-ministro da colônia do Cabo, Cecil Rhodes, idealiza a anexação destes territórios, o que desencadeou um conflito contra os Bôeres. A guerra tem seu início em 1899 e, em 1902 os Bôeres são derrotados. Isso levou a unificação da África do Sul. Foi composta por quatro províncias e seu primeiro-ministro foi Louis Botha. Somente em 1912 foram estabelecidas as atividades políticas pelo Congresso Nacional Africano (ANC), liderado por Nelson Mandela, o qual era antagônico a então ideologia partidária e administrativa do país.
Na segunda guerra, Jan Smuts, sucessor de Louis Botha, apoia os aliados, o que fez com que a África do Sul passasse a integrar as Nações Unidas, em 1945. Apesar da integração ás Nações Unidas, o primeiro-ministro recusou-se a assinar a Declaração Universal dos Direitos Humanos, fazendo com que o Apartheid (separação racial) dominasse a política do país. O movimento “Apartheid” é então instaurado no país, em 1948, depois da subida do Partido Nacional no poder. Bantus (africanos negros), asiáticos e Coloreds (pessoas não brancas) sofreram grande repressão após a dominação do Partido Nacional. Exemplo disso foi a proibição dos eleitores negros de votarem. Muitos africanos foram enviados para zonas rurais, onde viviam em extrema pobreza sob severas leis.
O ponto crucial do Apartheid acontece em 1961, quando a União da África do Sul é declarada como república independente, fazendo com que o partido nacional intensificasse a segregação racial. A declaração da África do Sul como republica independente, em 1961, através do domínio do Partido Nacional, foi o ponto crucial para o fortalecimento da segregação racial do país.
O Congresso Nacional Africano (ANC), criado em 1912, foi o principal movimento antiapartheid. 
Após a década de 1960, a oposição internacional contra o Apartheid cresceu. A ONU passou a criar políticas para que diversos países rompessem com a África do Sul. O Apartheid se enfraqueceu quando F.W. de Klerk substituiu P.W.Bothe na presidência do país, em 1989. Klerk retira o ANC da ilegalidade e liberta Nelson Mandela após 27 anos de prisão.
            Começa a ser elabora, em 1991, a nova constituição do país, idealizada por Klerk e Mandela, que serviu para concretizar a democracia na África do Sul, estabelecendo uma democracia multirracial.
Esta constituição foi aprovada em 1993. Devido à esses movimentos, Klerk e Mandela ganharam o Prêmio Nobel da Paz. A primeira eleição multirracial aconteceu em 1994, dando a vitória a Nelson Mandela com mais de 60% dos votos, que, dessa vez, incluíam a participação de negros.
Ao contrario do que era previsto, não houve tumultos durante o pleito, e, nos anos seguintes, Mandela pode determinar o fim do regime do apartheid e a instauração paulatina da um governo de unidade nacional sem revanchismos. Desde a ascensão ao poder de Nelson Mandela, o Congresso Nacional Africano passou a controlar a política e a reconstrução do país, conquistando o respeito da opinião pública internacional e vitórias políticas que demonstram a mudança da imagem da África do sul, podemos citar como uma dessas conquistas a África do Sul sediar a copa do mundo de 2010, sendo o primeiro país africano a fazê-lo.
        Ainda que o cenário político, econômico e social da África do Sul tenha se tornado mais positivo, alguns problemas não desaparecem com a mesma rapidez com que se alastram. Os novos desafios sul-africanos concentram-se em segurança pública, controle dos índices de contágio de doenças como a AIDS (HIV), além da responsabilidade de ser uma liderança regional atuante em favor dos países africanos no jogo político internacional. O apartheid pertence, oficialmente, ao passado, mas as consequências de um longo período de práticas racistas e discriminatórias continuam parte do presente.

Referências:

PARADA, Maurício; MEIHY, Murilo Sebe Bon; MATTOS, Pablo de Oliveira. História da África contemporânea. Rio de Janeiro: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 2013. 206 p. ISBN 9788534705073.

KI-ZERBO, Joseph; MUKHTAR, Muhammad Jamal al-Din; FASI, Muhammad; NIANE, Djibril Tamsir; OGOT, Bethwell A.; AJAYI, J. F. Ade; BOAHEN, A. Adu; MAZRUI, Ali Al' Amin; Unesco (Coord.). História geral da África. Brasília: Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, 2010. 8 v. : ISBN 9788576521235 (v.8

Dicas de Filmes

     Invictus
     Recentemente eleito presidente, Nelson Mandela (Morgan Freeman) tinha consciência que a África do Sul continuava sendo um país racista e economicamente dividido, em decorrência do apartheid. A proximidade da Copa do Mundo de Rúgbi, pela primeira vez realizada no país, fez com que Mandela resolvesse usar o esporte para unir a população. Para tanto chama para uma reunião Francois Pienaar (Matt Damon), capitão da equipe sul-africana, e o incentiva para que a seleção nacional seja campeã.


      Mandela: O Caminho Para A Liberdade

     Esta biografia relembra o percurso de Nelson Mandela (Idris Elba) desde a sua infância, em um meio rural, até a eleição democrática ao cargo de presidente da República da África do Sul.

 

Zulu (1964)

     Zulu foi o primeiro filme gravado na África do Sul que ganhou reconhecimento internacional. Retrata uma das batalhas mais famosas da Guerra Anglo-Zulu: a de Drift Rorke. Nela, 150 soldados britânicos conseguiram enfrentar nada menos que 4.000 guerreiros zulus. O longa já entrou para várias listas dos melhores filmes de todos os tempos.

Um Grito Pela Liberdade 

     Situado durante o apartheid, esse filme sobre a África do Sul é baseado em fatos reais. Acompanhamos alguns momentos da vida do ativista Steve Biko e do jornalista Donald Woods. Biko convida Woods para visitar um bairro negro e testemunhar o efeito das restrições impostas pelo governo. Quando Woods entende o ponto de vista de Biko, uma amizade começa a se desenvolver entre eles. 

Sarafina 

     O enredo gira em torno de estudantes que se opuseram à aplicação do africâner como língua oficial nas escolas sul-africanas e deram origem ao Levante de Soweto. Sarafina sente vergonha do fato de sua mãe aceitar trabalhar como empregada doméstica na casa de uma família branca e passa a incentivar seus colegas a protestarem depois que uma de suas professoras é presa.

Desonra

     David Lurie é professor de uma universidade na Cidade do Cabo. Após um caso com uma de suas alunas, ele perde o emprego e sua reputação. Então, ele se refugia com sua filha, Lucy. No começo, o clima é de harmonia e Lurie encontra a paz. Porém, ele e Lucy são atacados por três homens. Isso faz com que Lurie acabe passando por uma crise por não saber lidar com suas tragédias pessoais e familiares. 

Infância Roubada (Tsotsi)

     Uma noite, após sair ganhador de uma sangrenta briga de bar, Tsotsi (Presley Chweneyagae) rouba um carro. Enquanto acelera pela noite ele ouve um barulho no banco de trás e acaba sofrendo um acidente. Na traseira do carro descobre um bebê. Sem saber o que fazer, leva-o para o gueto de Johanesburgo em que vive. Lá convencerá a jovem mãe Miriam (Terry Pheto) a cuidar de "seu filho", numa relação que logo provocará mais confrontos. 

 

Zulu (2013) 

     Numa África do Sul ainda assombrada pelo apartheid, dois policiais, um negro e um branco, perseguem o responsável por um selvagem assassinato de uma jovem adolescente. Em meio às favelas da Cidade do Cabo, esta investigação vai mudar a vida dos dois homens e forçá-los a enfrentar seus demônios internos. 

 

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Alguns dos Principais Pontos Turísticos e Culturais da África do Sul

A África do Sul é um dos países mais ricos e desenvolvidos do continente africano, concentra uma grande quantidade de pontos turísticos e culturais interessantes. Oferece também uma excelente rede hoteleira. Podemos encontrar em território sul-africano locais que atendem ao gosto de vários tipos de turistas. São diversos museus, parques naturais, monumentos, aquários, prédios históricos, galerias de arte e muito mais.
Os principais pontos turísticos e culturais da África do Sul são:

Castelo da Boa Esperança


         No final de 1600, o Castelo da Boa Esperança foi construído como uma estação de reabastecimento marítimo, e, ao longo dos anos, tornou-se a sede do poder administrativo e militar do Cabo até a colônia crescer e as funções civis se mudaram para a cidade. Atualmente, o castelo é o mais antigo edifício remanescente da era colonial, bem como eixo militar. Aberto aos visitantes, ele abriga o Museu Militar e o Museu Iziko da Cidade do Cabo. Este último dispõe de uma fascinante coleção de pinturas, mobiliário e cerâmica que datam do período colonial. Perto do castelo e ao longo da Cidade do Cabo ficam os outros museus Iziko, que incluem o Museu Sul-Africano, o Planetário, a Galeria Nacional Sul-Africana e muito mais. Também nas proximidades fica o Green Point Common, um cinturão verde central com áreas de entretenimento e também local do estádio da Copa do Mundo. Long Street, ali perto, é um bairro boêmio famoso por seus restaurantes, lojas e bares.
Castelo da Boa Esperança

          Table Mountain (Montanha Mesa)                                       

            

          Localizada na Cidade do Cabo a Table Montain, proporciona uma maravilhosa vista de Cape Town e Ilha de Robben. A viagem para o topo é um passeio em si mesmo, como você está com segurança e suavemente transportados da estação de cabo inferior ao topo da montanha e vice-versa. A viagem demora um pouco mais de 5 minutos ea alta tecnologia rotativa teleférico oferece as melhores vistas da cidade. Uma vez no topo, mais de 3.500 pés acima da cidade, você vai encontrar uma vasta rede de caminhos bem marcadas para explorar, bem como mirantes estrategicamente posicionados.

Teleférico da Table Mountain
          Os visitantes da Table Mountain podem desfrutar de vistas maravilhosas ao longo do passeio, podendo avistar diversas espécies animais e vegetais, sendo que todas as criaturas vivem nas fynbos, e 100 dessas espécies de plantas não existem em outro lugar do planeta.   
Uma das várias espécies de Fynbos encontrados na Table Mountain
Ao visitar a Table Mountain, o turista irá perceber que não é atoa que este lugar é uma das Sete Maravilhas Naturais do Mundo.
Vista da Table Mountain 

Church Square (Praça da Igreja)

Church Square, no centro de Pretória foi o local da primeira igreja da cidade, construída em 1855. Durante seus primeiros anos, a praça foi usado como um campo de mercado e esportes. Hoje Church Square é um local relaxante para os visitantes que adoram-arquitetura do século 19 e início do século 20, bem como aqueles que apenas querem desfrutar de um dia com a família. É um ótimo lugar para as famílias para sentar-se sob belas árvores Jacaranda e alimentar os pombos em uma tarde quente de verão no gramado bem cuidado. A praça está rodeada por vários edifícios históricos, incluindo o Palácio da Justiça, onde o ex-presidente Nelson Mandela e vários de seus camaradas do Congresso Nacional Africano foram acusados ​​e julgados por traição durante o Julgamento de Rivonia infame. No lado sul da praça encontra-se o edifício Ou Raadsaal (Governo Velha) e do Teatro do Capitólio velho que está ligado ao Café Riche - o mais antigo café e bistrô em Pretória.

 
Church Square
            A estátua de bronze foi colocada no Largo da Igreja em outubro de 1954 pelo ex-primeiro-ministro DF Malan, ela já havia sido instalada na frente de Princes Park e depois colocados na frente da Estação de Pretória.  
Estátua de bronze do ex-presidente Paul Kruger, fica no centro da Praça da Igreja
           A estátua de bronze foi colocada no Largo da Igreja em outubro de 1954 pelo ex-primeiro-ministro DF Malan, ela já havia sido instalada na frente de Princes Park e depois colocados na frente da Estação de Pretória. A atração principal semanal é a hora cerimonial, desfile realizado toda quarta-feira entre 21h30 e 22h30. Os desfiles são feitas por membros da Guarda Nacional Cerimonial e acompanhado por uma banda militar sul-Africano. A procissão termina com o hasteamento da bandeira nacional e a bandeira municipal ao som do hino nacional.


        Jardim Zoológico Nacional da África do Sul

        Situado em Pretória, é o maior zoológico da África do Sul. Durante o dia pode-se ver leões, tigres e um enorme aquário. Venha à noite para encontrar animais noturnos ativos ou para hospedar-se no camping do parque.  É o Jardim Zoológico Nacional da África do Sul, o maior do país, com 85 hectares. Com mais de 9 mil animais de cerca de 700 espécies diferentes, ele é considerado um dos melhores do mundo. Uma das principais características do parque é sua diversidade de mamíferos de grande porte. Veja leões e tigres e admire uma das maiores coleções de antílopes do mundo. Visite o recinto dos guepardos africanos para ver uma das espécies mais incríveis originárias deste continente.             Durante o tour pelo parque, não deixe de visitar a área de répteis, o aviário e o maior aquário marinho da África do Sul. O zoológico possui uma extensa coleção de árvores exóticas.Pegue o teleférico na entrada para ir até o topo da colina no lado norte do parque, pagando uma taxa. Aqui, você pode ver de cima os vastos jardins do zoológico. Olhe para o leste para ver a silhueta de Pretória acima do horizonte.
Uma das partes do Zoológico Nacional da África do Sul

           Museu Transvaal
            
            O Museu de História Natural Transvaal, fica em Pretória, na África do Sul. Fundado em 1892, como Museu do Estado da República de Transvaal, era uma única e pequena sala e contava com apenas alguns artefatos históricos. Atualmente, conta com um enorme acervo sobre a evolução da vida na Terra, inclusive com a reprodução de alguns dinossauros em tamanho natural, o que é espantoso de se ver. O museu ainda conta com uma coleção de peças e artefatos como fósseis de peixes e outros animais, plantas, minerais e itens de origem europeia, também. A origem da vida na Terra é contada de forma narrativa e com réplicas de cenas da vida selvagem, bem realista, que leva os visitantes a uma viagem através do desenvolvimento do reino animal, a partir do desenvolvimento dos organismos unicelulares, até os seres primitivos. Na sala Gênesis I, é possível ver uma linha do tempo da evolução da vida na Terra. E, na sala Gênesis II, a sequência continua com a evolução dos mamíferos e seres humanos, também chamado de Salão dos Mamíferos.
Parte frontal do Museu Transvaal

Museu da Guerra dos Bôeres

A África do Sul oferece lugares muito interessantes para visitantes de todo o mundo. Um destes lugares é o Museu da Guerra do Bôeres, localizado na cidade de Bloemfontein. Bloemfontein está entre as seis maiores cidades do país e é também a capital judicial da África do Sul. Foi fundada em 1846 e passou a ser um das três capitais do país, ao lado da Cidade do Cabo e da Pretória.É uma cidade muito desenvolvida e este desenvolvimento se deu após a sua fundação e a instauração do regime republicano. Em 1899, após inúmeras negociações frustradas, Bloemfontein foi palco da eclosão da segunda guerra Anglo-Bôer.
Museu de Guerra dos Bôeres

REFERÊNCIAS:





Conflitos Políticos e o Apartheid

 

1.       Contexto histórico pré-apartheid          

A questão central que permeou os conflitos políticos e armados na África do Sul pós 1935 foi a luta dos europeus para manter seus privilégios econômicos, estratégicos e raciais na região. As leias da época privilegiavam os brancos em todas as camadas sociais, da burguesia rural e urbana ao proletariado e ao campesinato. Os direitos trabalhistas eram legalmente garantidos apenas aos trabalhadores brancos, obrigando os negros a venderem sua força de trabalho para a burguesia branca. A eles não era permitida a criação de sindicatos, a participação em negociações coletivas, nem o direito de greve. Criava-se uma mão-de-obra africana de baixo custo e sujeita a determinação das elites brancas.          
                Boa parte desta mão-de-obra era oriunda de outras localidades africanas que não a África do Sul, notadamente as colônias da Bazutolândia, Bechuanalândia, Suazilândia, Moçambique, Angola e Niassalândia. Os agentes de recrutamento sul-africanos “enganavam intencionalmente os camponeses analfabetos, concedendo-lhes adiantamentos em dinheiro e produtos, encantando-os pelo contato com as maravilhas da vida urbana na África do Sul (...)” (CHANAIWA, David, 2010). As colônias exportadoras de mão-de-obra recebiam em troca uma série de vantagens econômicas. Estima-se que neste período a África do Sul contavam com 600 mil trabalhadores migrantes.
                Assim, nos anos anteriores à aplicação formal da política do apartheid, a sociedade sul-africana já estava calcada no racismo, na desigualdade social, na exploração e na repressão, através de uma série de leis criadas pelos europeus que restringiam a “boa vida” às elites coloniais brancas.

2.       O pós-guerra e a formalização do apartheid

O National Party sul-africano nasceu de uma aliança entre operários brancos e a burguesia rural, ambas as classes compostas majoritariamente por africâneres. Sua fundação origina-se da necessidade de oposição ao United Party, representante do capitalismo internacional branco e urbano, dos profissionais liberais e da burguesia. A disputa central entre os dois partidos residia na discordância em relação aos métodos a serem usados para a manutenção da supremacia branca sul-africana.
As eleições de 1948 levaram o National Party ao poder, e como política frente ao “perigo negro”, instituíram o regime do apartheid, calcado na segregação racial e na manutenção dos privilégios brancos.
Como consequência da Segunda Guerra Mundial, seguiu-se um profundo desenvolvimento urbano na África do Sul, buscando suprir as necessidades de uma Europa em crise. A burguesia urbana ganhou poder, em detrimento da burguesia tradicional rural. Novas classes surgiram, resultando da busca da burguesia urbana por “uma mão-de-obra africana qualificada com um maior poder de compra” (CHANAIWA, David, 2010). Estas classes estavam ligadas à urbanização, a ocidentalização e ao antirracismo, formadas por profissionais liberais, homens de negócios, professores, etc.

3.       O Nacionalismo Africano Ortodoxo

Oriundo do crescimento da nova classe média sul-africana, ganhou força um fenômeno continental chamado de Nacionalismo Africano Ortodoxo. Seus adeptos, membros tanto do proletariado urbano quanto da massa camponesa, exigiam o fim da dominação colonial, do imperialismo e do racismo, e defendiam a independência política africana, o sufrágio universal e a democracia parlamentar.
Sua atuação se dava por meio de manifestações, boicotes e greves. Surgiu, na África do Sul, o Congresso Nacional Africano (CNA). Também ganharam força o Partido Comunista Sul-africano e a Liga da Juventude do CNA, esta última descontente com a aliança entre o CNA e brancos liberais.
Frente ao crescimento de tais movimentos, e principalmente após o Congresso dos Povos de 1955, que defendeu uma África do Sul livre, unida e não racista, o governo sul-africano adotou políticas cada vez mais violentas e repressivas. Sem conseguir parar a determinação africana, foram propostas outras medidas, dentre elas a famosa política dos bantustões: ela consistia em reagrupar os africanos em “lares nacionais”, dentro dos quais seria permitido que alcançassem o desenvolvimento de forma separada. A última palavra, porém, cabia sempre ao governo da África do Sul branca. Em última instância, a política dos bantustões pretendia “balcanizar o nacionalismo africano e ganhar tempo, consolidando, todavia, a supremacia branca” (CHANAIWA, David, 2010).
Tal política falhou em suplantar o nacionalismo africano, porém provocou divisões e cisões no âmago de diversos grupos étnicos e raciais. Dentro dos bantustões, cresceu a pobreza, o subdesenvolvimento, e novamente os homens africanos se viam forçados a vender sua força de trabalho à burguesia branca.
As manifestações continuavam, porém seguiam sendo severamente reprimidas. Dentro do CNA, houveram divergências quanto à que atitudes deveriam ser tomadas diante da violência do Estado, e delas nasceu o Pan African Congress (PAC). O PAC consolidou como objetivo livrar a África do Sul da supremacia branca, em oposição à política multirracial dirigida pelos brancos que apoiavam o CNA.
As manifestações se intensificaram, até culminarem em uma verdadeira tragédia em Sharpeville: um cordão de policiais brancos abriu fogo contra os manifestantes, que somavam de 10 a 20 mil, provocando 72 mortes e 186 feridos, dentre os quais 40 mulheres e 8 crianças.
O que seguiu-se foi o banimento do CNA e do PAC pelo governo sul-africano. Membros dos CNA (dentre eles seus ex-presidente, o célebre Nelson Mandela) fundaram um movimento clandestino, porém seu quartel-general foi alvo de uma operação policial em 1963, e seus líderes foram presos. Outros movimentos clandestinos também foram esmagados, e como única alternativa, foram forçados a instalar suas bases fora do território africano.

4.       Os Movimentos de Libertação (1960-1980)

Nos anos 1960, os africanos reconheceram a derrota do liberalismo e de seu nacionalismo ortodoxo. Desenvolveram-se então os chamados movimentos de libertação, baseados em princípios marxistas e leninistas e que reivindicavam a luta armada revolucionária, em oposição à ação militante do nacionalismo ortodoxo, notadamente impotente diante do governo branco.
Em 1964 os movimentos de libertação deram início à luta armada, apoiados pelas massas urbanas e rurais, pelos intelectuais e progressistas. Seu apoio externo vinha da URSS, da China, do Comitê de Libertação da Organização para a Unidade Africana, dos países escandinavos, das organizações humanitárias e dos movimentos de solidariedade do mundo ocidental. Do outro lado do campo de batalha, os colonos tinham o apoio da Grã-Bretanha, dos EUA, da França e da então Alemanha Ocidental.
Como estratégia para enfraquecer a unidade inimiga, as forças sul-africanas, em unidade com os brancos rodesianos e portugueses, reagruparam comunidades africanas em verdadeiros campos de concentração.
Porém os movimentos pela libertação ganhavam força. Na Angola e em Moçambique os governos portugueses foram derrotados, e as lideranças da África Austral caíram na vulnerabilidade. Seus antigos apoiadores ocidentais foram obrigados a rever sua política, e passaram a defender uma política de negociação.
Na África do Sul, o regime do apartheid foi reforçado, porém não impediu a intensificação dos movimentos de libertação. O principal deles foi o movimento ideológico da Consciência Negra, liderado por Steve Biko. Ele promoveu alianças operário-estudantis, organizou greves e fortaleceu os movimentos de libertação na África do Sul. Acabou preso pelo governo após a instituição do Anti-Terrorism Act, em 1967, e morreu 10 anos depois, após ser severamente torturado.

5.       Fim do Apartheid

Cada vez mais, porém, a oposição ao apartheid crescia, e em resposta vinha intensificação da repressão e da violência do governo sul-africano. A luta armada contra o apartheid ganhou o apoio de amplos setores da comunidades mundial, dentre estes a ONU.

O poder africâner iniciou sua derrocada final nas eleições 1989, quando da desagregação do consenso branco na África do Sul. As pressões e intervenções internacionais acentuavam-se, de modo que culminaram, 1991, com o fim definitivo do regime do apartheid.

Vestimentas Tradicionais dos diversos povos Sul Africanos

Zulu:








Swati:







Xhosa:







Venda:



Tsonga:




Ndebele:




Basotho:





North Sotho:




Fontes: